Deputado irlandês Paul Murphy volta à Irlanda após detenção no Egito durante protesto por Gaza


O deputado Paul Murphy falando com a mídia no Aeroporto de Dublin


O deputado irlandês Paul Murphy, do partido político PeopleBefore Profit (Povo Antes do Lucro), retornou à Irlanda hoje (17/06) após ser detido duas vezes no Egito durante a Marcha Global por Gaza, um protesto internacional que exige o fim do bloqueio israelense à Faixa de Gaza e denuncia a crise humanitária na região.

Murphy fazia parte de um grupo de ativistas irlandeses que viajaram ao Egito para participar da marcha, mas foram impedidos de seguir para Rafah, cidade egípcia próxima à fronteira com Gaza. Ao desembarcar no Aeroporto de Dublin, o parlamentar afirmou que esta etapa da mobilização terminou, mas que a campanha internacional continuará, com foco na próxima reunião de ministros das Relações Exteriores da União Europeia com o chanceler de Israel, em Bruxelas.

 

O deputado disse que todos os irlandeses envolvidos no protesto estão bem, mas que ainda há participantes de outros países detidos no Egito. Por isso, evitou fazer comentários mais críticos sobre o governo egípcio. Ele também revelou que seu telefone celular ainda não foi devolvido pelas autoridades locais.

Detenção burocrática e frustração

Murphy contou que, inicialmente, não percebeu que estava sendo detido. "Nas primeiras três horas, foi um processo lento. Pedi para ir embora e me disseram que não podia. Eles ficaram com meu passaporte e ficou claro que eu estava retido, como centenas de outras pessoas que já passaram por isso no Egito", explicou. No total, ele ficou nove horas em uma delegacia.

Apesar de frustrados por não conseguirem chegar a Rafah, os ativistas consideram que a marcha fortaleceu o movimento global em apoio à Palestina. "Tivemos provavelmente a maior coalizão internacional de apoio popular pela Palestina em muito tempo", afirmou Murphy.

O parlamentar defendeu que a pressão sobre governos ocidentais é essencial para forçar Israel a mudar sua política em Gaza. A marcha reuniu centenas de pessoas no Egito, mas enfrentou obstáculos das autoridades locais, que impediram o avanço dos manifestantes.

A situação dos ativistas ainda detidos no país segue incerta, enquanto a campanha por Gaza promete manter a mobilização em outras frentes diplomáticas.


Fonte: RTÉ (Emissora de TV Irlandesa)

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