Portugal: Chega planeja deportar imigrantes legais desempregados

Portugal: Chega planeja deportar imigrantes legais desempregados

Metrovoz
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André Ventura, presidente do Chega, irá candidatar-se à Presidência da República de Portugal em 2026

O partido político Chega apresentou ao governo português uma proposta que está gerando intenso debate. Chamado de Plano Nacional de Remigração, o projeto pretende deportar não apenas imigrantes em situação irregular, mas também estrangeiros com situação legalmente regularizada que se encontrem desempregados ou dependentes de programas de assistência social. 

A proposta surge durante as discussões do Orçamento de Estado para 2026 e amplia o conceito de "remigração", termo adotado por partidos de extrema-direita europeus que defendem o retorno forçado de imigrantes, incluindo aqueles que já possuem autorização de residência ou até mesmo cidadania portuguesa.

Polêmica sobre números do desemprego imigrante

O partido fundamenta sua proposta em dados da Pordata( base de dados estatísticos oficiais de Portugal, mantida pela Fundação Francisco Manuel dos Santos.) que indicam existirem 1,5 milhões de imigrantes em Portugal. Segundo o Chega, "apenas 302 mil são empregados", sugerindo que 1,2 milhão estariam desempregados e, portanto, sujeitos à deportação sob o novo plano.

Contudo, um veículo jornalístico Português, que teve acesso ao documento, contesta esses números. A publicação esclarece que os dados oficiais da Segurança Social contabilizam 894.825 imigrantes ativos e contribuintes em 2024 - número quase três vezes superior ao citado pelo partido.

Viabilidade política da proposta

De acordo com análises políticas, o plano de remigração do Chega dificilmente será integrado na versão final do Orçamento de Estado. As negociações em curso focam-se apenas em ajustes pontuais na lei do retorno, visando agilizar processos de expulsão de imigrantes em situação irregular, sem incluir as medidas mais radicais propostas pelo partido.

O debate revela tensões crescentes sobre políticas migratórias em Portugal, enquanto o país busca equilibrar integração social com controle de fronteiras.


Fonte: contacto.lu


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