Como a mudança nas regras de entrada e saída da UE afeta a Irlanda?

Como a mudança nas regras de entrada e saída da UE afeta a Irlanda?

Metrovoz


A União Europeia começou a implementar o novo Sistema de Entrada e Saída (EES)
A Irlanda não participa do sistema de entrada e saída da UE. Foto: futuretravelexperience

Os países da União Europeia iniciaram, neste domingo, a adoção do novo Sistema de Entrada e Saída (EES). Trata-se de uma plataforma digital criada para registrar, de forma eletrônica, os dados de cidadãos que não pertencem ao bloco europeu.

Com isso, o EES substitui a checagem manual de passaportes. A partir de agora, os viajantes deverão fornecer dados biométricos, como impressões digitais e reconhecimento facial, ao entrarem pela primeira vez no Espaço Schengen.

Depois do primeiro cadastro, as viagens seguintes exigirão apenas uma verificação biométrica rápida. Dessa forma, o sistema busca agilizar o controle nas fronteiras e reforçar o monitoramento de entradas e saídas.

Por que o novo sistema foi criado?

O principal objetivo do EES é combater a imigração irregular, além de reduzir fraudes de identidade e coibir o excesso de permanência de visitantes. Além disso, a medida atende a pressões políticas em alguns países da União Europeia, que vêm defendendo regras mais rígidas para a entrada de estrangeiros.

O sistema será implantado em todos os países da União Europeia que fazem parte do Espaço Schengen. No entanto, estão fora da obrigatoriedade a Irlanda, Chipre, Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein.

Como ficam os viajantes com destino à Irlanda?

Como a Irlanda não integra o Espaço Schengen, ela também não participa do EES. Por esse motivo, quem entra diretamente no país não está sujeito ao novo registro biométrico obrigatório.

Por outro lado, pessoas com residência permanente na Irlanda poderão ser isentas do cadastro no sistema, desde que se enquadrem em uma das condições a seguir:

  • Possuírem parentesco direto com um cidadão da União Europeia;
  • Terem vínculo com um cidadão de país que pertence ao Espaço Schengen;
  • Ou serem parentes de um cidadão de país terceiro, desde que esse tenha permissão legal para circular na Europa.

Vale destacar que o termo “parente direto” inclui cônjuges ou parceiros(as), filhos menores de 21 anos, além de pais ou avós dependentes. Em todos os casos, será necessário apresentar documentação que comprove a relação.

Quando o sistema estará totalmente ativo?

Embora o EES já tenha entrado em vigor, a implementação completa está prevista apenas para 10 de abril de 2026. Até lá, os países continuarão adaptando suas infraestruturas e sistemas de controle de fronteira para garantir o funcionamento integral da nova tecnologia.