Adolescente é acusado do assassinato de Vadym Davydenko no norte de Dublin

Adolescente é acusado do assassinato de Vadym Davydenko no norte de Dublin

Metrovoz
Vadym Davydenko morreu após o incidente em Donaghmede na última quarta-feira. Foto: RTÉ

Um adolescente somali de 17 anos foi acusado de matar Vadym Davydenko, jovem ucraniano da mesma idade, no norte de Dublin. A vítima havia chegado à Irlanda no último domingo para pedir asilo e foi esfaqueada em uma unidade de saúde vinculada a Tusla(órgão da Irlanda responsável pela proteção de crianças e adolescentes) por volta das 11h da manhã de quarta-feira(15).

O suspeito, que não pode ter a identidade revelada por ser menor de idade, foi apresentado na noite de quarta-feira ao Tribunal Distrital de Dublin. A audiência ocorreu diante da juíza Treasa Kelly e contou com a presença de um representante de Tusla, um intérprete somali e forte esquema de segurança, com agentes da Garda equipados com proteção especial.

Acusado ficou em silêncio durante audiência

Segundo o detetive sargento Mark Quill, o adolescente permaneceu em silêncio quando as acusações foram lidas pelo guarda Shane Roche, com apoio de um intérprete, na delegacia de Clontarf.

O advogado de defesa, Andrew Walsh, informou que uma assistente social de Tusla e um tutor para a ação judicial(pessoa nomeada pelo tribunal para representar legalmente um menor de idade ou alguém que não tem capacidade de responder por si mesmo durante um processo) nomeado pelo tribunal acompanharam a audiência como responsáveis legais pelo jovem. Walsh não apresentou pedido de fiança e solicitou atendimento médico e psiquiátrico urgente para seu cliente enquanto estiver sob custódia.

Juíza determina detenção em centro juvenil

A juíza Kelly atendeu ao pedido da defesa e determinou a transferência do adolescente para o Campus de Detenção de Oberstown, em Dublin. O acusado deverá comparecer novamente ao Tribunal de Menores na próxima terça-feira.

Caso gera repercussão em Dublin

A morte de Vadym Davydenko causou forte comoção entre refugiados e moradores locais. O caso reacendeu discussões sobre segurança em unidades de acolhimento e proteção de jovens vulneráveis, que chegam ao país.