A polícia irlandesa, An Garda Síochána, anunciou a descoberta de restos mortais que podem pertencer ao menino Daniel Aruebose, desaparecido há anos. A busca ocorreu em uma área isolada de Donabate, no condado de Dublin(capital da Irlanda), após a agência de proteção à infância, Tusla, levantar preocupações sobre o caso.
Daniel estaria com sete anos atualmente, caso estivesse vivo. A investigação foi intensificada a partir de sexta-feira, 29 de agosto, com início das buscas na segunda-feira seguinte, 1º de setembro.
Na quarta-feira, 3 de setembro, foram encontrados ossos humanos em uma área aberta, que a polícia acredita pertencerem a Daniel. No entanto, uma análise de DNA ainda será realizada para confirmar a identidade. A retirada dos restos mortais será feita com extremo cuidado, devido à sensibilidade do caso
Investigação mobiliza grande aparato policial
A área onde os restos mortais foram encontrados permanece isolada. Escavadeiras continuam atuando sob supervisão de investigadores forenses e diversas tendas cobrem os locais de escavação. No perímetro da investigação, moradores e simpatizantes deixaram flores e mensagens de luto em homenagem à criança. Algumas placas traziam mensagens como “Descanse em paz, anjo”.
A polícia continua investigando o desaparecimento de Daniel, com foco em diligências porta a porta no conjunto residencial The Gallery Apartments, onde o menino vivia. A população foi convocada a colaborar com informações que possam auxiliar no caso. Os contatos disponíveis são da delegacia da Garda, pelo número 01 666 4700, ou pela linha confidencial da Garda, no 1800 666 111, ou em qualquer unidade policial local.
Colaboração entre forças policiais e especialistas forenses
A polícia conta com o apoio total de diversas unidades especializadas, incluindo o Escritório Técnico Nacional, a Unidade Aérea e a Unidade Canina. Um antropólogo forense e um arqueólogo forense também acompanham os trabalhos, juntamente com cães treinados para detectar restos humanos, fornecidos pelo Serviço Policial da Irlanda do Norte.
As autoridades alertam a população sobre a disseminação de rumores e especulações não confirmadas, pedindo responsabilidade ao compartilhar informações.
Histórico do caso e atuação do órgão de proteção à infância
A ministra da Criança,
Norma Foley, lamentou profundamente a descoberta, destacando a dor envolvida na morte de uma criança. Ela agradeceu à polícia e às demais agências pelo empenho na investigação.
Segundo a Tusla, a criança havia sido acompanhada pela instituição até o ano de 2020. Um acordo de adoção chegou a ser cogitado, mas os pais optaram por manter a guarda após receberem suporte da agência.
O caso foi encerrado naquele mesmo ano, considerado apropriado pelas autoridades à época.O caso agora será analisado pelo Painel Nacional de Revisão Independente, que avaliará os procedimentos adotados. A ministra Foley já havia anunciado que casos encerrados durante a pandemia seriam revisados com verificações de bem-estar.
Outro desaparecimento infantil também é investigado
O desaparecimento de Daniel veio à tona no mesmo período em que se completou um ano do sumiço de Kyran Durnin, que estaria com nove anos hoje. Kyran desapareceu em agosto do ano passado, e a polícia acredita que ele tenha morrido aos seis anos, já que não era visto desde maio de 2022, quando ainda frequentava uma escola primária em Dundalk(Dublin). A investigação sobre este caso foi reclassificada como homicídio em outubro do ano passado.